O ponto de partida para se traçar um projeto de vida é saber como anda sua autoestima. Porque o sucesso, pessoal e profissional, será sempre instável se a autoestima não estiver ao seu lado, como aliada de todas as horas. Há quem diga que se os livros de autoajuda fossem colocados em um triturador e resultasse em uma palavra síntese, esta seria “autoestima”.
“Goste de você, tenha confiança em si mesmo e acredite em sua capacidade”
Uma postura de autoconfiança e positiva é fundamental no trabalho em equipe e serve de guia aos colaboradores na hora da tomada de decisão, que verão em você um autêntico líder. Pois ela funciona como uma ferramenta mestra para enfrentar os desafios do dia a dia, dando-lhe equilíbrio emocional e força.
De acordo com o historiador Peter Burke, “a autoestima é o conceito mais estudado na psicologia social” e “a chave para a convivência harmoniosa no mundo civilizado". Matéria publicada na revista Veja afirma que “a autoestima é vital não apenas para as pessoas, mas também para as famílias, os grupos, as empresas, as equipes esportivas e os países”. O mundo seria bem menos ousado sem essa característica comportamental, pois não haveria o “terreno fértil para as grandes descobertas nem para o surgimento dos líderes”.
A partir do momento em que as pessoas passam a ver valor em suas percepções e a dizer o que pensam, a transformação acontece. Sempre foi assim, porque o mundo é movido pelas pessoas que confiam em suas próprias ideias e se sentem estimuladas a dividi-las com os outros.
"Antigamente, acreditava-se que o grau de autoestima de uma pessoa era determinado na infância e se preservava intocado ao longo da vida". Mas a psicologia moderna derrubou essa teoria, mostrando que “é possível desenvolver a autoestima em qualquer idade e mantê-la elevada para sempre”. Essa empreitada depende muito da visão que cada um tem de si mesmo e de como encara a realidade. Mas para aumentar a autoestima não basta apenas ter pensamentos positivos generalizados e sim, perceber os pontos em você que podem ser melhorados. Apesar de seus aspectos hereditários, da influência da família, difíceis de serem mensurados, há mecanismos para potencializar a autoestima.
Segundo médicos e psicólogos, o caminho é identificar os comportamentos e as crenças negativas que foram construídas durante a vida. “Coisas como acreditar-se incapaz de realizar grandes projetos, de conseguir um bom marido ou uma boa esposa e achar que subir na carreira e ganhar mais dinheiro é privilégio apenas das outras pessoas”. Questionar e superar essas crenças são o primeiro passo. As que não contribuírem para uma vida harmoniosa devem ser limadas do comportamento do dia a dia. A conclusão da matéria é que existem regras básicas para elevar a autoestima e ganhar confiança de maneira permanente. Examinar o passado, achar um meio-termo, dar um sentido à vida, focar os aspectos positivos, comentar com a família e os amigos as realizações positivas e fazer ginástica.
O psicoterapeuta Nathaniel Branden diz que se uma pessoa se identifica com pelo menos quatro dos sintomas abaixo, tem baixa autoestima:
· Fazer autoavaliações frequentes se perguntando: Por que sou assim?
· Sentir cansaço e estresse constantes diante das atividades normais do cotidiano.
· Sorrir raramente e ter uma visão negativa das pessoas com quem convive.
· Preferir ficar sozinho a conhecer novas pessoas. Ter dificuldade de fazer novas amizades.
· Sentir-se incapaz de atingir objetivos anteriormente determinados.
· Achar que as coisas só dão certo com os outros.
· Colocar a culpa nos outros pelos próprios erros.
· Evitar fitar os olhos do interlocutor ao conversar.
· Achar-se o motivo do aborrecimento alheio.
· Temer o futuro, achando que as coisas ruins vão.