Todos os dias tomamos decisões em nossa vida. Na empresa, a rotina não é diferente. Tão comum é a freqüência desta prática que, às vezes, nem nos damos conta de que a estamos fazendo.
Para promover um resultado melhor, qualquer tomada de decisão precisa estar pautada em informação. Quanto maior for a sua quantidade e qualidade, maior será a facilidade para tê-la, e melhor o seu nível.
É por isso que a informação é um negócio valioso nos dias de hoje. O seu domínio é fundamental para quem procura ter uma administração eficaz.
Se a informação é a peça-chave do processo de tomada de decisão, onde ela está?
Na verdade, pode ser encontrada na própria empresa ou no seu ambiente externo, junto aos mercados consumidores, concorrentes e fornecedores. Para ter acesso às informações internas da empresa, observe ao seu redor, exatamente em tudo o que ocorre dentro dela. Atente-se ao fluxo das finanças, ao ritmo do comercial e das vendas, aos recursos humanos, à produção, enfim, a todas as áreas.
Os acontecimentos criam registros e podem ser trabalhados individualmente. Os colaboradores, por exemplo, são uma fonte valiosa de informação, principalmente aqueles com um relacionamento próximo e freqüente aos clientes. Para identificar oportunidades de melhoria, mantenha uma política de comunicação aberta com eles ou implemente formas oportunizar sugestões e incentive a participação coletiva. Você vai ter uma surpresa ao descobrir o quanto eles podem ajudá-lo.
Lembre-se, também, que muitas das informações precisam ser compartilhadas com os colaboradores. Assim, eles vão fazer, tomar e ter parte nos negócios da empresa.
O acesso às informações do seu ambiente externo dá-se de outra maneira. Analise os concorrentes e fornecedores através de seus comportamentos ou por fontes secundárias, como matérias divulgadas em revistas especializadas e jornais, assim como em outros veículos da mídia. A Internet, por exemplo, pode servir como uma ferramenta para estudo dos concorrentes.
Com os consumidores, além da observância do comportamento, providencie pesquisas que identifiquem o nível de satisfação e a imagem que eles têm da empresa, produtos e serviços, bem como suas necessidades e exigências. No geral, você estará conhecendo-os melhor. Para isto, dê voz aos clientes, use o telefone, faça visitas, relacione-se pessoalmente, enfim, encontre oportunidades para falar diretamente com eles e desenvolver um relacionamento saudável.
Não se esqueça de acompanhar a conjuntura econômica, os acontecimentos políticos, ambientais, financeiros e legislativos, as evoluções tecnológicas, as estruturas sociais, culturais e comportamentais da sociedade, a situação da região e do segmento de mercado em que atua. Como complemento, interprete o que as mudanças representam no seu negócio, evitando surpresas desagradáveis.
Para casos específicos, você pode até fazer uso das pesquisas de mercado. Abaixo seguem algumas dicas resumidas, em passos, de sua metodologia:
1. Defina os objetivos da pesquisa, ou seja, para que fazê-la;
2. Desenvolva o plano, estabelecendo:
- Perfil do público-alvo: quem será pesquisado;
- Universo: onde pesquisar;
- Amostra: quantas pessoas serão pesquisadas;
- Ferramenta: como pesquisar;
- Tempo: o cronograma com a duração da pesquisa;
- Investimento: quanto vai gastar com a pesquisa;
3. Recursos humanos: quem fará a pesquisa.
4. Desenvolva e implemente o questionário.
5. Colete as informações e tabule os dados.
6. Analise e interprete os resultados apurados.
As pesquisas de mercado podem ser aplicadas através de entrevista pessoal (individualmente ou em grupo) ou por telefone, por questionários enviados pelo correio e pela Internet, além de outras formas. Saiba, porém, que cada uma tem suas vantagens e desvantagens.
A questão que se coloca é a necessidade de trabalhar com informações organizadas. Incorpore o hábito de tomar decisões, mais com base nelas do que em suposições, e descubra como tudo tende a ficar mais fácil e confiável.
Para tanto, será preciso criar um sistema integrado de informações, com uma proposta logística de acesso eficaz. Para que sua empresa tenha um banco de dados e não um bando de dados, trabalhe com as informações levantadas, arquivadas, acumuladas e reavaliadas dentro de objetivos específicos. Adote esta prática como se fosse um investimento e descubra que a informação é a arma do seu negócio!